quarta-feira, 22 de abril de 2020

O que a farmacologia, nos prova, sobre a hidroxicloroquina? ela serve para o que? Serve para a COVID 19?



Hidroxicloroquina, para o que é indicado e para o que serve?

Hidroxicloroquina, para o que é indicado e para o que serve?

Hidroxicloroquina é indicado para o tratamento de:

Afecções reumáticas e dermatológicas;

Artrite reumatoide;

Artrite reumatoide juvenil;

Lúpus eritematoso sistêmico;

Lúpus eritematoso discoide;

Condições dermatológicas provocadas ou agravadas pela luz solar.

Malária

Tratamento das crises agudas e tratamento supressivo de malária por Plasmodium vivax, P. ovale, P. malariae e cepas sensíveis de P. falciparum.


Tratamento radical da malária provocada por cepas sensíveis de P. falciparum.


A Hidroxicloroquina não é eficaz contra cepas de Plasmodium falciparum resistentes à cloroquina, e também não é ativa contra as formas exo-eritrocíticas de P. vivax, P. ovale e P. malariae. Consequentemente, Hidroxicloroquina não previne a infecção por esses plasmódios, nem as recaídas da doença.


Quais as contraindicações do Hidroxicloroquina?

Hidroxicloroquina é contraindicado em pacientes com maculopatias (retinopatias) pré-existentes e pacientes com hipersensibilidade conhecida aos derivados da 4-aminoquinolina.


Este medicamento é contraindicado para menores de 6 anos.


Como usar o Hidroxicloroquina?

Hidroxicloroquina deve ser tomado durante uma refeição, ou com um copo de leite.


Doenças reumáticas

A ação do Hidroxicloroquina é cumulativa e exigirá várias semanas para exercer seus efeitos terapêuticos benéficos, enquanto que efeitos colaterais de baixa gravidade podem ocorrer relativamente cedo. Alguns meses de terapia podem ser necessários antes que os efeitos máximos possam ser obtidos. Caso uma melhora objetiva (redução do edema da articulação, aumento da mobilidade) não ocorra em 6 meses, Hidroxicloroquina deverá ser descontinuado.


Lúpus eritematoso sistêmico e discoide

Dose inicial para adultos:

400 a 800 mg diários.


Dose de manutenção:

200 a 400 mg diários.


Artrite reumatoide

Dose inicial para adultos:

400 a 600 mg diários.


Dose de manutenção:

200 a 400 mg diários.


Artrite crônica juvenil

A posologia não deve exceder 6,5 mg/kg de peso/dia, até uma dose máxima diária de 400 mg.


Doenças fotossensíveis

O tratamento com Hidroxicloroquina deve ser de 400 mg/dia no momento inicial e depois reduzido para 200 mg/dia. Se possível, o tratamento deve ser iniciado alguns dias antes à exposição solar.


Malária

Tratamento supressivo

Uso adulto:

1 comprimido de 400 mg de Hidroxicloroquina em intervalos semanais.


Uso em crianças:

A dose supressiva é de 6,5 mg/kg de peso semanalmente. Não deverá ser ultrapassada a dose para adultos, a despeito do peso.


Caso as circunstâncias permitam, o tratamento supressivo deverá ser iniciado 2 semanas antes da exposição. Entretanto, se isso não for possível, uma dose dupla inicial de 800 mg para adultos ou de 12,9 mg/kg para crianças pode ser recomendada, dividida em duas tomadas com 6 horas de intervalo. A terapêutica supressiva deverá ser continuada por 8 semanas após deixar à área endêmica.


Tratamento da crise aguda

Uso adulto:

Dose inicial de 800 mg seguida de 400 mg após 6 a 8 horas e 400 mg diários em 2 dias consecutivos (total de 2 g de sulfato de Hidroxicloroquina). Um método alternativo, empregando uma única dose de 800 mg (620 mg base) provou ser também eficaz. A dose para adultos também pode ser calculada na base do peso corporal. Esse método é o preferível para uso em pediatria.


Uso em crianças:

Administrar dose total de 32 mg/kg (não superior a 2 g) dividida em 3 dias, como se segue: primeira dose 12,9 mg/kg (não exceder 800 mg); segunda dose 6,5 mg/kg (não exceder 400 mg) seis horas após a primeira dose; terceira dose 6,5 mg/kg 18 horas após a segunda dose; quarta dose 6,5 mg/kg 24 horas após a terceira dose.


Não há estudos dos efeitos de Hidroxicloroquina administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.


Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Hidroxicloroquina?

Reação muito comum (> 1/10);

Reação comum (> 1/100 e < 1/10);

Reação incomum (>1/1.000 e < 1/100);

Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000);

Reação muito rara (< 1/10.000);

Frequência desconhecida (não pode ser estimada pelos dados disponíveis).

Distúrbios hematológicos e do sistema linfático

Desconhecida: Depressão da medula óssea, anemia, anemia aplástica, agranulocitose, leucopenia, trombocitopenia. 

Distúrbios do sistema imune

Desconhecida: Urticária, angioedema, broncoespasmo.

Distúrbios de metabolismo e nutrição

Comum: Anorexia.

Desconhecida: Hipoglicemia.

A Hidroxicloroquina pode exacerbar o quadro de porfiria.


Distúrbios psiquiátricos

Comum: Labilidade emocional.

Incomum: Nervosismo.

Desconhecida: Psicose, comportamento suicida.

Distúrbios do sistema nervoso

Comum: Cefaleia.

Incomum: Tontura.

Desconhecida: Convulsões têm sido reportadas com esta classe de medicamentos. Distúrbios extrapiramidais, como distonia, discinesia, tremor.

Distúrbios oculares

Comum: Visão borrada devido a distúrbios de acomodação que é dose dependente e reversível.

Incomum: Retinopatia, com alterações na pigmentação e do campo visual. Na sua forma precoce, elas parecem ser reversíveis com a descontinuação da Hidroxicloroquina. Caso o tratamento não seja suspenso a tempo existe risco de progressão da retinopatia, mesmo após a suspensão do mesmo. Pacientes com alterações retinianas podem ser inicialmente assintomáticos, ou podem apresentar escotomas visuais paracentral e pericentral do tipo anular, escotomas temporais e visão anormal das cores.

Foram relatadas alterações na córnea incluindo opacificação e edema. Tais alterações podem ser assintomáticas, ou podem causar distúrbios tais como halos, visão borrada ou fotofobia. Estes sintomas podem ser transitórios ou são reversíveis com a suspensão do tratamento.


Desconhecida: Casos de maculopatia e degeneração macular foram reportados e podem ser irreversíveis.

Distúrbios de audição e labirinto

Incomum: Vertigem, zumbido.

Desconhecida: Perda de audição.

Distúrbios cardíacos

Desconhecida: Cardiomiopatia que pode resultar em insuficiência cardíaca e em alguns casos com desfecho fatal. Toxicidade crônica deve ser considerada quando ocorrerem distúrbios de condução (bloqueio de ramo/bloqueio átrio-ventricular) bem como hipertrofia biventricular. A suspensão do tratamento leva à recuperação.

Prolongamento do intervalo QT em pacientes com fatores de risco específicos, que podem causar arritmia (torsade de pointes, taquicardia ventricular).


Distúrbios gastrintestinais

Muito comum: Dor abdominal, náusea.

Comum: Diarreia, vômito.

Esses sintomas geralmente regridem imediatamente com redução da dose ou suspensão do tratamento.


Distúrbios hepatobiliares

Incomum: Alterações dos testes de função hepática.

Desconhecida: Insuficiência hepática fulminante.

Distúrbios de pele e tecido subcutâneo

Comum: Erupção cutânea, prurido.

Incomum: Alterações pigmentares na pele e nas membranas mucosas, descoloração do cabelo, alopecia. Estes sintomas geralmente regridem rapidamente com a suspensão do tratamento.

Desconhecida: Erupções bolhosas, incluindo eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, rash medicamentoso com eosinofilia e sintomas sistêmicos (Síndrome DRESS), fotossensibilidade, dermatite esfoliativa, pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA).

PEGA deve ser diferenciada de psoríase, embora a Hidroxicloroquina possa precipitar crises de psoríase. Pode estar associada com febre e hiperleucocitose. A evolução do quadro é geralmente favorável após a suspensão do tratamento.


Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo

Incomum: Distúrbios motores sensoriais.

Desconhecida: Miopatia dos músculos esqueléticos ou neuromiopatia levando à fraqueza progressiva e atrofia do grupo de músculos proximais.

A miopatia pode ser reversível com a suspensão do tratamento, mas a recuperação pode durar alguns meses.


Estudos de diminuição dos reflexos tendinosos e anormalidade na condução nervosa.


Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/notivisa, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.


Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Hidroxicloroquina maior do que a recomendada?

Sinais e sintomas

Uma superdose com as 4-aminoquinolinas é particularmente perigosa em crianças uma vez que 1 a 2 g provaram ser fatais.


Os sintomas de superdose podem incluir cefaleia, distúrbios da visão, choque cardiovascular, convulsões, hipocalemia, alterações do ritmo e condução, incluindo prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, taquicardia ventricular e fibrilação ventricular, complexo QRS com largura aumentada, bradiarritmias, ritmo nodal, bloqueio atrioventricular, seguidas de súbita e potencialmente fatal parada cardíaca e respiratória. É necessária intervenção médica imediata uma vez que estes efeitos podem aparecer rapidamente após a ingestão da superdose.


Tratamento

O estômago deverá ser imediatamente esvaziado por vômito provocado ou por lavagem gástrica. Carvão ativado numa dose de pelo menos 5 vezes a da superdose pode inibir uma posterior absorção, se introduzido no estômago por sonda após a lavagem gástrica e dentro de 30 minutos após a ingestão da superdose.


Alguns estudos referem efeito benéfico do diazepam parenteral em casos de superdose. O diazepam pode reverter a cardiotoxicidade da cloroquina.


Se necessário, deverão ser instituídos suporte respiratório e medidas de tratamento do choque.


Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.


Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Hidroxicloroquina com outros remédios?

Hidroxicloroquina pode aumentar os níveis de digoxina no plasma. Por isso, os níveis de digoxina sérica devem ser cuidadosamente monitorados em pacientes em uso concomitantes destas substâncias.


Como a Hidroxicloroquina pode aumentar os efeitos do tratamento hipoglicêmico, pode ser necessária uma diminuição nas doses de insulina ou drogas antidiabéticas.


Medicamentos conhecidos por prolongar o intervalo QT/com potencial para induzir arritmia cardíaca

A Hidroxicloroquina deve ser utilizada com precaução em pacientes que estejam recebendo medicamentos conhecidos por prolongar o intervalo QT, por exemplo, antiarrítmicos da classe IA e III, antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos, alguns anti-infecciosos devido ao aumento do risco de arritmia ventricular. A halofantrina não deve ser administrada com Hidroxicloroquina.


Um aumento dos níveis plasmáticos de ciclosporina foi reportado quando a ciclosporina e a Hidroxicloroquina foram coadministradas.


A Hidroxicloroquina pode diminuir o limiar convulsivo. A coadministração de Hidroxicloroquina com outros antimaláricos conhecidos por baixarem o limiar convulsivo (por exemplo, mefloquina) pode aumentar o risco de convulsões.


Além disso, a atividade de drogas antiepilépticas pode ser prejudicada se coadministradas com Hidroxicloroquina.


Em um estudo de interação de dose única, foi reportado que a cloroquina reduz a biodisponibilidade do praziquantel. É desconhecido se existe um efeito semelhante quando Hidroxicloroquina e praziquantel são coadministrados. Por extrapolação, devido às semelhanças de estrutura e parâmetros farmacocinéticos entre Hidroxicloroquina e cloroquina, um efeito similar pode ser esperado para Hidroxicloroquina.


Existe o risco teórico de inibição da atividade intracelular da α-galactosidase quando Hidroxicloroquina é coadministrada com agalsidase.


Hidroxicloroquina pode também estar sujeito a várias das interações descritas para a cloroquina, muito embora relatos específicos não tenham sido divulgados. Estão incluídos:

Potencialização da sua ação bloqueadora direta na junção neuromuscular pelos antibióticos aminoglicosídeos;

Inibição do seu metabolismo pela cimetidina, que pode aumentar a concentração plasmática da substância;

Antagonismo do efeito da neostigmina e piridostigmina;

Redução da resposta humoral (mediada por anticorpos) à imunização primária com a vacina humana diploide antirrábica intradérmica;

Tal como para a cloroquina, os antiácidos podem reduzir a absorção do Hidroxicloroquina, sendo aconselhável observar um intervalo de 4 horas entre a administração do Hidroxicloroquina e de antiácidos.

Quais cuidados devo ter ao usar o Hidroxicloroquina?

Recomenda-se cautela a pacientes com problemas gastrintestinais, neurológicos ou hematológicos, e àqueles com hipersensibilidade à quinina, deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase, porfiria ou psoríase.


Embora o risco de depressão da medula óssea seja pequeno, aconselha-se hemograma periódico e suspensão do tratamento caso surjam alterações hematológicas.


Crianças pequenas são particularmente sensíveis aos efeitos tóxicos das 4-aminoquinolinas e, portanto, os pacientes devem ser alertados para conservar Hidroxicloroquina fora do alcance das crianças.


A Hidroxicloroquina não é eficaz contra cepas de Plasmodium falciparum resistentes à cloroquina, e também não é ativa contra as formas exo-eritrocíticas de P. vivax, P. ovale e P. malariae. Consequentemente, Hidroxicloroquina não previne a infecção por esses plasmódios, nem as recaídas da doença.


Malária

A Hidroxicloroquina não é eficaz contra estirpes resistentes à cloroquina de P. falciparum, e não é ativa contra as formas exo-eritrocíticas de P. vivax, P. ovale e P. malariae e, portanto, não impedirá a infecção por esses organismos quando administrado profilaticamente, nem prevenir a recidiva da infecção devido a esses organismos.


Gravidez e lactação

Gravidez

Apenas dados pré-clínicos limitados estão disponíveis para Hidroxicloroquina, portanto, dados da cloroquina são considerados devido à semelhança da estrutura e propriedades farmacológicas entre os 2 produtos.


Nos estudos em animais com cloroquina, foi demonstrada toxicidade no desenvolvimento embrio-fetal com doses supraterapêuticas muito altas (variando de 250 a 1.500 mg/kg de peso corpóreo). Dados pré-clínicos com cloroquina demostraram um risco potencial de genotoxicidade em alguns sistemas de teste.


Doses recomendadas para profilaxia e tratamento com cloroquina para malária em humanos

A cloroquina tem sido utilizada com segurança em mulheres grávidas. Estudos observacionais, bem como meta-análises, incluindo estudos prospectivos com exposição prolongada, não demostraram aumento do risco de más-formações congênitas ou desfechos negativos na gravidez.


A Hidroxicloroquina quando utilizada em terapia em longo prazo com altas doses para doenças autoimunes

Estudos observacionais, assim como meta-análises, incluindo estudos prospectivos em uso a longo prazo com exposição prolongada, não observou-se risco aumentado estatisticamente significativo de más-formações congênitas ou desfechos negativos gravidez.


O uso da Hidroxicloroquina é desaconselhado durante a gravidez, exceto quando, na opinião do médico, os benefícios potenciais individuais superarem os riscos.


Estudos em animais com cloroquina demostraram prejuízo na fertilidade em machos. Não há resultados em humanos.


Lactação

A Hidroxicloroquina é excretada no leite materno (menos de 2% da dose materna após correção do peso corporal).


Aplica-se apenas à indicação de malária

A amamentação é possível em caso de tratamento curativo da malária. Embora a Hidroxicloroquina seja excretada no leite materno, a quantidade é insuficiente para conferir qualquer proteção contra a malária ao lactente. É necessária quimioprofilaxia separada para o lactente.


Existem dados muito limitados sobre a segurança da criança amamentada durante o tratamento com Hidroxicloroquina a longo prazo; o prescritor deve avaliar os potenciais riscos e benefícios do uso de Hidroxicloroquinadurante a amamentação, de acordo com a indicação e duração do tratamento.


Categoria de risco na gravidez: D.


Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.


Populações especiais

Recomenda-se cautela em pacientes com disfunções hepáticas ou renais ou que estejam tomando medicamentos capazes de afetar esses órgãos: pode ser necessária redução da dose da Hidroxicloroquina.


Pacientes idosos

Não há advertências e recomendações especiais sobre o uso adequado desse medicamento por pacientes idosos.


Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Os pacientes deverão ser alertados quanto a dirigir veículos e operar máquinas, pois a Hidroxicloroquina pode alterar a acomodação visual e provocar visão turva. Caso essa condição não seja auto limitante, pode haver necessidade de reduzir a dose temporariamente.


Advertências do Hidroxicloroquina

Retinopatia

Antes de iniciar o tratamento prolongado com Hidroxicloroquina, os pacientes devem realizar um exame oftalmológico cuidadoso nos dois olhos incluindo oftalmoscopia para o teste de acuidade visual, verificação do campo visual, visão para cores e fundoscopia. Então, o exame deve ser repetido ao menos anualmente.


A toxicidade na retina é amplamente relacionada à dose. Assim, o risco de danos na retina é pequeno com a dose diária de até 6,5 mg/kg de peso. Exceder a dose diária recomendada aumenta acentuadamente o risco de ocorrência de toxicidade na retina.


O exame oftalmológico deve ser mais frequente e adaptado a cada paciente, nas seguintes situações:

Dose diária superior ao ideal 6,5 mg/kg de peso (magro). O peso corporal absoluto tomado como parâmetro de dosagem, pode resultar em uma superdosagem no obeso.

Insuficiência renal;

Dose cumulativa maior que 200 g;

Idosos;

Comprometimento da acuidade visual.

Se ocorrer qualquer distúrbio visual (acuidade visual, visão para cores), o medicamento deve ser imediatamente descontinuado e o paciente cuidadosamente observado quanto à possível progressão do distúrbio visual. Alterações retinianas (e distúrbios visuais) podem progredir mesmo após o término da terapia. 


O uso concomitante de Hidroxicloroquina com medicamentos conhecidos por induzir toxicidade na retina, como por exemplo, o tamoxifeno, não é recomendado.


Hipoglicemia

Foi demonstrado que a Hidroxicloroquina causa hipoglicemia severa incluindo perda de consciência que pode ser um risco para a vida em pacientes tratados com e sem medicação antidiabética. Pacientes tratados com Hidroxicloroquina devem ser alertados sobre o risco de hipoglicemia e dos sinais e sintomas clínicos associados. Pacientes que apresentarem sintomas sugestivos de hipoglicemia durante o tratamento com Hidroxicloroquina devem ter seus níveis de glicose no sangue avaliados e o tratamento revisado, se necessário.


Prolongamento do intervalo QT

A Hidroxicloroquina tem potencial para prolongar o intervalo QTc em pacientes com fatores de risco específicos.


A Hidroxicloroquina deve ser utilizada com precaução em pacientes com prolongamento QT congênito ou adquirido documentado e/ou fatores de risco conhecidos para prolongamento do intervalo QT, tais como:

Doença cardíaca, por exemplo, insuficiência cardíaca, enfarte do miocárdio;

Condições pró-arrítmicas, por exemplo, bradicardia (< 50 ppm);

Histórico de disritmias ventriculares;

Hipocalemia e/ou hipomagnesemia não corrigida;

Durante a administração concomitante com agentes que prolongam o intervalo QT, uma vez que isso pode levar a um risco aumentado de arritmias ventriculares.

A magnitude do prolongamento do QT pode aumentar com concentrações crescentes do fármaco.


Por conseguinte, a dose recomendada não deve ser excedida.


Toxicidade cardíaca crônica

Casos de cardiomiopatia, resultando em insuficiência cardíaca, em alguns casos com desfecho fatal, têm sido relatados em pacientes tratados com Hidroxicloroquina. O monitoramento clínico de sinais e sintomas de cardiomiopatia é aconselhado e Hidroxicloroquina deve ser descontinuado aos primeiros sinais. Toxicidade crônica deve ser considerada quando distúrbios de condução (bloqueio de ramo/bloqueio átrio-ventricular) e/ou hipertrofia biventricular são diagnosticados.


Outros monitoramentos em tratamentos em longo prazo

Pacientes em tratamento em longo prazo, devem realizar contagens periódicas de sangue completo, e caso desenvolvam anormalidades, a Hidroxicloroquina deve ser descontinuada.


Todos os pacientes submetidos à terapia em longo prazo com Hidroxicloroquina devem realizar exame periódico da função dos músculos esqueléticos e reflexos tendinosos. Caso seja observada fraqueza, o medicamento deverá ser suspenso.


Potencial risco carcinogênico

Dados experimentais apresentaram um potencial risco de indução à mutação genética. Dados de carcinogenicidade em animais estão disponíveis somente para uma espécie com medicamentos semelhantes à cloroquina e, este estudo foi negativo. Em humanos, dados são insuficientes para descartar que Hidroxicloroquina pode levar a um aumento do risco de câncer em pacientes submetidos ao tratamento em longo prazo.


Foram reportados casos raros de comportamento suicida em pacientes tratados com Hidroxicloroquina.


Podem ocorrer distúrbios extrapiramidais com Hidroxicloroquina.


Qual a ação da substância Hidroxicloroquina?

Resultados de Eficácia

Lúpus Eritematoso Cutâneo

Em uma revisão dos diversos tratamentos disponíveis, afirma-se que os antimaláricos foram benéficos quando os corticoides e protetores solares mostraram-se ineficazes e a doença cutânea continua ativa (Clark, 1986). Inicialmente tenta-se o tratamento com Hidroxicloroquina na dose de 200 a 400 mg/dia com duração do tratamento durante 4 a 8 semanas. Se a Hidroxicloroquina for descontinuada no lúpus eritematoso, o risco de recaída aumenta em 2,5 vezes em relação aos pacientes que não descontinuaram a Hidroxicloroquina (Anon, 1991).


Um regime composto por prednisona, Hidroxicloroquina e acetonida de triancinolona é recomendado para tratar as lesões cutâneas discoides em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (Werth & Franks, 1986). Se este tratamento falhar, sugere-se um regime com Hidroxicloroquina 400 mg/dia e quinacrina 100 mg/dia.


Malária

A Hidroxicloroquina está indicada na supressão e tratamento dos ataques agudos de malaria por cepas suscetíveis das formas eritrocitárias do P. vivax, P. malariae e P. falciparum. Não é eficaz para as cepas resistentes do P. falciparum.


Erupção polimórfica leve

A Hidroxicloroquina é usada como supressor da erupção polimórfica leve (Logan, 1980). Comparado ao placebo, o fármaco apresentou efeito significativo na redução da erupção cutânea. A Hidroxicloroquina 400 mg/dia, por um mês, seguido por 200 mg/dia, associou-se a melhora clínica moderada em pacientes com erupção polimórfica leve em um pequeno estudo controlado (Murphy et al, 1987).


Artrite reumatoide

Monoterapia

A Hidroxicloroquina parece ser menos tóxica que os tratamentos ouro, d-penicilamina, sulfasalazina ou auranofina (Paulus, 1988). Um estudo de 24 semanas, randomizado, duplo-cego, paralelo de 121 pacientes com artrite reumatoide observou que o fármaco era moderadamente eficaz comparado ao placebo quando a doença é tratada precocemente (Clark et al, 1993). A dose diária de Hidroxicloroquina de 200 mg foi relatada como sendo tão eficaz quanto a dose de 400 mg, em um estudo controlado, duplo-cego, de longo prazo em 43 pacientes tratados para artrite reumatoide (Pavelka et al, 1989). Embora os dois grupos apresentassem redução significativa da atividade da doença, quando se comparou os efeitos colaterais na pele, gastrointestinais, e oculares, aqueles que receberam 200 miligramas ao dia desenvolveram um-terço do número de efeitos colaterais comparado aos controles que receberam 400 mg ao dia.


Uma estratégia terapêutica (III) empregando medicamentos modificadores da artrite reumatoide (DMARD) de ação lenta (prolongada), com um tempo de “latência curto” (ou seja, metotrexato ou sulfasalazina) foi considerada aquela que proporcionou o maior risco-benefício quando comparado às estratégias que empregaram os DMARs "potentes" (II; aurotioglucose ou penicilamina) com tempo de latência mais longo, ou DMARDs “leves" (I; Hidroxicloroquina ou auranofin) com tempos de latência longo. Um estudo de dois anos, com desenho aberto, de grupo paralelo incluiu aproximadamente 100 pacientes em cada grupo. Os pacientes tinham diagnóstico recente (dentro de 1 ano) e no basal apresentavam doença relativamente ativa, e eram virgens de tratamento com DMARDs, esteroides, agentes citotóxicos ou imunossupressores.


Os regimes iniciais do protocolo foram os seguintes:


Estratégia


DMARDs

Dose


I


Hidroxicloroquina

400 mg VO diariamente


Auranofina


6-9 mg VO diariamente


II


Aurotioglucose

50 mg IM semanalmente


D-penicilamina


500-750 mg VO diariamente


III


Metotrexato

7,5-15 mg VO semanalmente


Sulfasalazina


2-3 gramas VO diariamente


Mg = miligramas.

VO = via oral.

IM - intramuscular.


O primeiro DMARD foi continuado até a toxicidade (a qualquer momento) ou falta de eficácia (melhora inferior a 50% em 3 de 4 variáveis em um ano; dor, escore articular, rigidez matinal, VHS); o segundo medicamento era então substituído.


Outros analgésicos e AINEs eram permitidos; o uso de esteroides por via oral ou intra-articular era desencorajado. As doses de DMARD poderiam ser reduzidas para a metade nos pacientes que satisfizessem critérios para remissões. Os desfechos primários incluíram dor, incapacidade funcional, escores das articulações, VHS e evidencia radiológica de lesão articular. Rigidez matinal, força para segurar, e bem-estar geral foram medidas secundárias do desfecho. A tabela a seguir reflete a porcentagem de pacientes com pelo menos 33% de melhora nos escores a partir do basal, depois de 1 e 2 anos; o percentual considerado como tendo uma resposta clínica (melhora maior que 20% em pelo menos 3 desfechos), e o percentual em remissão (rigidez matinal inferior a 15 minutos, VHS abaixo de 30, escore de dor inferior a 10, e escore da articulação menor que 1).


Estratégia


- I II

III


Ano


Ano

Ano


1 2 1 2 1 2

Incapacidade


39% 41% 52% 47% 53%

47%


Escore de dor


67% 64% 64% 73% 72%

63%


Escore da articulação


66% 75% 79% 78%* 82%

76%*


VHS


56% 64% 63% 67% 68%

66%


Resposta Clínica


56% 61% 64% 71% 71%

63%


Remissão


16% 19% 31% 29%** 24%

25%**


Todos os efeitos colaterais


(no) 170 - 212 -

181


* Significantemente melhor com II e III versus I.

** Significantemente melhor com II vs I; não significante para III vs I ou II.


Apesar de nenhuma das estratégias ter se mostrado claramente superior em todas as medidas, foram observados escores de incapacidade melhores ao longo de 2 anos para II e III e taxas de remissão mais altas para II e III. A estratégia I foi caracterizada predominantemente por reações de toxicidade GI, anemia, e erupção cutânea; III compartilhou a toxicidade GI de I junto com elevação das enzimas hepáticas, mas sem anemia. As reações da estratégia II envolveram anemia, leucopenia, e trombocitopenia, uma incidência 3 vezes maior de erupção cutânea ou estomatite, e disfunção renal (proteinúria). A estratégia III foi, portanto, a que mostrou melhor classificação, embora a aplicação mais precoce da terapia com DMARD seja provavelmente mais importante que a escolha de um DMARD particular (van Jaarsveld et al, 2000).


A Hidroxicloroquina substituiu com sucesso a ciclosporina (CSA), mantendo o benefício e revertendo os efeitos colaterais induzidos pela CSA em 12 de 15 pacientes até por 16 semanas. Inicialmente, 34 pacientes com artrite reumatoide que eram apenas parcialmente responsivos ao metotrexato e prednisona concordaram com a adição de CSA ao tratamento por 24 semanas, com continuidade sem interrupção de Hidroxicloroquina 400 miligramas (mg) ao dia, durante 16 semanas. Quatro pacientes saíram durante o uso de CSA devido a efeitos colaterais; 3 se recusaram a continuar o tratamento ininterrupto, resultando em 27 pacientes avaliáveis, sendo que 15 desses satisfizeram os critérios do Colégio Americano de Reumatologia para melhora de pelo menos 20% ao final da fase CSA. Três apresentaram recaída durante o uso de Hidroxicloroquina, e dois novos respondedores à Hidroxicloroquina foram identificados. Os parâmetros clínicos e hematológicos na população tenderam a aumentar a partir dos valores atingidos ao final do tratamento com CSA, mas não de maneira significante. Hipertricose e hipertensão que surgiram durante o uso de CSA se resolveram completamente. Este pequeno estudo piloto não tinha grupo controle. Dados confirmatórios adicionais são necessários (Kim et al, 2001).


Terapia combinada

Combinações de doses baixas incluindo ciclofosfamida e Hidroxicloroquina parecem ser muito eficazes, mas tóxicas. Temse relatado que a combinação de Hidroxicloroquina, metotrexato e azatioprina é muito eficiente. A terapia combinada de aurotiomalato sódico e Hidroxicloroquina mostrou benefício marginal em relação ao aurotiomalato sódico isoladamente. A maioria desses relatos fora de natureza preliminar ou envolveram números pequenos de pacientes (Scott et al, 1989; Paulus, 1988). A combinação de Hidroxicloroquina, sulfasalazina, e metotrexato foi mais eficaz que metotrexato isoladamente ou Hidroxicloroquina e sulfasalazina (O'Dell et al, 1996).


Metotrexato em combinação com sulfasalazina e Hidroxicloroquina é mais eficaz que uma ou outra terapia isolada para o tratamento da artrite reumatoide. Em um estudo de dois anos, os pacientes (n=102) foram randomizados para tratamento com metotrexato isoladamente (7,5 a 17,5 mg por semana), a combinação de sulfasalazina (500 mg duas vezes por dia) e Hidroxicloroquina (200 mg duas vezes ao dia), ou todos os três fármacos. O benefício foi determinado em dois anos de tratamento no qual os sintomas da artrite melhoraram em 50% sem evidência de toxicidade da droga. Setenta e sete por cento dos pacientes tratados com a combinação dos três fármacos receberam benefício quando comparado a 33% dos pacientes tratados com metotrexato e 40% dos pacientes tratados com os dois fármacos, sulfasalazina e Hidroxicloroquina. Apesar dos efeitos colaterais serem comuns, a toxicidade não foi maior com a combinação dos três fármacos que com metotrexato isoladamente (O'Dell et al, 1996).


A terapia combinada com aurotiomalato sódico (50 mg IM, por 20 semanas, seguido por 50 mg IM a cada 2 semanas) e Hidroxicloroquina (200 mg, duas vezes ao dia, durante 6 meses, seguido por uma redução na dose para 200 mg uma vez ao dia, com base na reposta clínica) se mostrou superior ao aurotiomalato sódico isoladamente para o tratamento da artrite reumatoide durante um estudo randomizado, de 1 ano, envolvendo 101 pacientes. No entanto, o benefício em favor da combinação atingiu significância apenas para a proteína C reativa. O índice geral de atividade da doença foi significativamente melhor com a combinação aos 2 e 12 meses. A toxicidade foi maior durante a terapia combinada, resultando na saída do estudo de 18 pacientes quando comparado a 10 que receberam tratamento ouro isoladamente. Erupção cutânea foi responsável pela maioria dos abandonos no grupo da combinação (10 pacientes); no grupo aurotiomalato sódico, 4 pacientes saíram devido a erupções cutâneas (Scott et al, 1989).


A terapia combinada com ciclofosfamida (média, 30 mg ao dia), azatioprina (média, 74 mg ao dia), e sulfato de Hidroxicloroquina (média, 210 mg/dia) foi relatada como eficaz na supressão da doença em 30 dos 31 pacientes com artrite reumatoide refratários à terapia convencional. Foi observada supressão da doença entre 3 a 24 meses após o início da terapia. Após 43 meses de tratamento foi observada remissão complete em 16 pacientes, com supressão parcial ou quase supressão em 14; falta de resposta foi observada em 1 paciente. Houve ocorrência de malignidade em 4 pacientes durante a terapia combinada, resultando em 3 óbitos; no entanto, não ficou claro se a combinação produziu esta complicação. A terapia combinada com esses agentes pode ser considerada para o tratamento da artrite reumatoide grave; porém, o lugar da terapia combinada com agentes de remissão permanece incerto na falta de estudos controlados. Os autores sugerem que a ciclofosfamida deve ser substituída por um agente não alquilante devido ao potencial de produzir câncer (Csuka et al, 1986). Em regime semelhante em 17 pacientes com artrite reumatoide intratável que consistiu de Hidroxicloroquina diariamente na dose de 200 a 400 mg, ciclofosfamida 25 mg, e azatioprina 25 mg no qual o tratamento continuou por uma média de 27 meses, foi relatada remissão completa em 5 pacientes, atividade em uma única articulação em apenas 2, supressão parcial da doença em 7, e ausência de resposta em outros 3 (McCarty & Carrera, 1982).


A terapia agressiva com a terapia DMARD tripla por 3 anos em pacientes com diagnóstico recente impediu a destruição articular em 10 de 12 pacientes que completaram o estudo. O tratamento foi iniciado com Hidroxicloroquina 400 mg/dia, aurotiomalato sódico 50 mg semanalmente e metotrexato 7,5 mg, por via oral, semanalmente. As doses orais foram reduzidas a metade no segundo e terceiro anos, enquanto a injeção de ouro foi prolongada para 4 semanas. A melhora clínica e hematológica foi observada a partir do terceiro mês, atingindo significância estatística ao final do primeiro ano para medida como VHS, proteína C reativa e fator reumatoide; rigidez matinal, escores de sensibilidade ou inchaço articular, bem como redução das doses orais de prednisona. Todas as melhoras foram mantidas, com exceção do fator reumatide, que retornou aos valores basais. Oito pacientes permaneceram livres de alterações erosivas na articulação ao longo de todo o estudo; dois pacientes com uma ou duas alterações erosivas no basal não apresentaram progressão subsequente. Um paciente desenvolveu alterações iniciais durante o tratamento, e 1 paciente desenvolveu uma segunda lesão durante o tratamento. Sete pacientes saíram do estudo em decorrência de reações adversas características da injeção de ouro (disfunção renal; erupção cutânea; estomatite) ou Hidroxicloroquina (erupção cutânea). Os efeitos adversos não foram considerados aditivos entre as três DMARDs (Biasi et al, 1997).


Referências Bibliográficas


1. Anon: The Canadian Hydroxychloroquine Study Group: a randomized study of the effect of withdrawing hydroxychloroquine sulfate in systemic lupus erythematosus. N Eng J Med 1991; 324:150-154.

2. Biasi D, Caramaschi P, Carletto A, et al: Safety of combination therapy with hydroxychloroquine, gold sodium thiomalate and methotrexate in early rheumatoid arthritis. Rev Rhum 1997; 64:521-522.

3. Clark P, Casas E, Tugwell P, et al: Hydroxychloroquine compared with placebo in rheumatoid arthritis. Ann Intern Med 1993; 119:1067-1071.

4. Clark SK: Cutaneous lupus erythematosus. Postgrad Med 1986; 79:195-203.

5. Csuka ME, Carrera GF, & McCarty DJ: Treatment of intractable rheumatoid arthritis with combined cyclophosphamide, azathioprine, and hydroxychloroquine: a follow-up study. JAMA 1986; 255:2315-2319.

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8. McCarty DJ & Carrera GF: Intractable rheumatoid arthritis. JAMA 1982; 248:1718-1723

9. Murphy GM, Hawk JLM, & Magnus IA: Hydroxychloroquine in polymorphic light eruption: a controlled trial with drug and visual sensitivity monitoring. Br J Dermatol 1987; 116:379-386.

10. O'Dell JR, Haire CE, Erikson N, et al: Treatment of rheumatoid arthritis with methotrexate alone, sulfasalazine and hydroxychloroquine, or a combination of all three medications. N Engl J Med 1996; 334:1287-1291.

11. Paulus HE: Antimalarial agents compared with or in combination with other disease-modifying antirheumatic drugs. Am J Med 1988; 85:45-52.

12. Pavelka K Jr, Pavelak Sen K, Peliskova Z, et al: Hydroxychloroquine sulphate in the treatment of rheumatoid arthritis: a double blind comparison of two dose regimens. Ann Rheum Dis 1989; 48:542-546. 13. Scott DL, Dawes PT, Tunn E, et al: Combination therapy with gold and hydroxychloroquine in rheumatoid arthritis: a prospective, randomized, placebo-controlled study. Br J Rheumatol 1989; 28:128-133.

14. van Jaarsveld CHM, Jacobs JWG, van der Veen MJ, et al: Aggressive treatment in early rheumatoid arthritis: a randomised controlled trial. Ann Rheum Dis 2000; 59:468-477.

15. Werth V & Franks A Jr: Treatment of discoid skin lesions with azathioprine. Arch Dermatol 1986; 122:746-747.


Características Farmacológicas

Propriedades Farmacodinâmicas

Hidroxicloroquina é o sulfato de Hidroxicloroquina, um sal cristalino incolor, solúvel em água até um mínimo de 20%, conhecido quimicamente como 2-[4-[(7-cloro-4-quinoil)amino]pentil]etilamino]etanol sulfato (1:1). Hidroxicloroquina é uma 4-aminoquinolina antimalárica com ação esquizonticida e algum efeito gametocida, sendo também considerado um antirreumático de ação lenta.


Hidroxicloroquina possui diversas ações farmacológicas que podem estar envolvidas em seu efeito terapêutico, tais como interação com grupos sulfidrila, interferência com a atividade enzimática (incluindo fosfolipase, NADH-citocromo C redutase, colinesterase, proteases e hidrolases), ligação ao DNA, estabilização das membranas lisossômicas, inibição da formação de prostaglandinas, quimiotaxia das células polimorfonucleares e fagocitose, possível interferência com a produção de interleucina 1 dos monócitos, e inibição da liberação de superoxidase dos neutrófilos. Sua capacidade de concentração nas vesículas ácidas intracelulares e o consequente aumento do pH dessas vesículas poderiam explicar tanto o efeito antimalárico como a ação antirreumática.


Propriedades Farmacocinéticas

A Hidroxicloroquina é rapidamente absorvida após administração oral, com uma biodisponibilidade média de 74%. Distribui-se amplamente pelo organismo, sendo acumulada nas hemácias e em alguns órgãos como os olhos, rins, fígado e pulmões, onde pode se armazenar por tempo prolongado. A Hidroxicloroquina é convertida parcialmente em metabólitos ativos no fígado e é eliminada, sobretudo, por via renal, mas também na bile. A excreção é lenta, sendo a meia-vida de eliminação terminal de aproximadamente 50 dias (sangue total) ou 32 dias (plasma). A Hidroxicloroquina atravessa a barreira placentária e possivelmente passa ao leite materno, como a cloroquina.


Dados de Segurança Pré-Clínicos

Apenas dados pré-clínicos limitados estão disponíveis para Hidroxicloroquina, portanto, dados da cloroquina são considerados devido à semelhança da estrutura e propriedades farmacológicas entre os 2 produtos.


Genotoxicidade

Existem dados limitados sobre a genotoxicidade com Hidroxicloroquina.


A cloroquina é descrita na literatura como um agente genotóxico fraco que pode provocar, tanto mutações genéticas e rupturas cromossomal/DNA. Os mecanismos podem envolver intercalação do DNA ou indução do estresse oxidativo.


Publicações relataram tanto resultados positivos e negativos nos testes de mutação genética reversa in vitro, utilizando bactérias (teste de Ames) e nos estudos in vivo utilizando roedores (com troca de cromátides irmã de célula de medula óssea de camundongo, anormalidade cromossômica de células de medula óssea de camundongo e rupturas da fita de DNA em rato em múltiplos órgãos quando os animais receberam a administração por via intraperitoneal). Esses efeitos cromossômicos não foram observados quando a cloroquina foi administrada em animais por via oral (por exemplo, a via terapêutica de administração).


No total, esses dados celulares de roedores mostram evidências de potencial genotóxico, mas foram observadas discrepâncias entre os dados publicados.


Carcinogenicidade

Não existem dados sobre a carcinogenicidade com Hidroxicloroquina.


Em um estudo de 2 anos realizado em ratos com cloroquina, não se observou aumento nas alterações neoplásicas ou proliferativas. Não houve estudo realizado em camundongos. Não houve mudanças proliferativas nos estudos de toxicidade subcrônica.


Toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento

Existem dados limitados sobre a teratogenicidade com Hidroxicloroquina.


Com base em relatórios da literatura de não boas práticas laboratoriais, a cloroquina é teratogênica em ratos após a administração de doses muito altas e supra terapêuticas, por exemplo, entre 250 e 1.500 mg/kg, apresentando uma taxa de mortalidade fetal de 25% e malformações oculares em 45% dos fetos no grupo de 1.000 mg/kg.


Estudos autorradiográficos demostraram que, quando administrados no início ou no fim da gestação, a cloroquina se acumula nos olhos e ouvidos.


Não existem dados da ação da Hidroxicloroquina sobre a fertilidade.


Um estudo, realizado em ratos machos após 30 dias de tratamento oral com 5 mg/dia de cloroquina, apresentou diminuição nos níveis de testosterona, peso dos testículos, epidídimos, vesículas seminais e próstata.


A taxa de fertilidade foi também reduzida em outro estudo com ratos após 14 dias de tratamento intraperitoneal a 10 mg/kg/dia.


Fontes consultadas

Bula do Profissional do Medicamento Plaquinol®.

O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Dra. Francielle Tatiana Mathias CRF/PR 24612. Consulte a bula original. Última atualização: 22 de Abril de 2020

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